Projecção da Nova Temporada
P. Ferreira



O Paços de Ferreira também vai estrear uma equipa técnica nova. Com um orçamento reduzido, as contratações não foram deslumbrantes, mas os avançados Rui Miguel (ex-Setúbal) e Paulo Vida (ex-Varzim) podem formar uma dupla temível no ataque. Aguarda-se para saber da capacidade do conjunto em repetir a boa prestação da última temporada. Nosso “onze”:

Pedro; Paulo Sousa, Cadu, Geraldo e Zé Nando; Adalberto, Pedrinha, José Manuel e Renato Queiroz; Rui Miguel e Paulo Vida

Projecção da Nova Temporada
Leiria



A União de Leiria teve mais dificuldade para segurar jogadores importantes do plantel. Foi buscar Cavallo, à Argentina, Caíco – que vem rotulado de craque – ao Brasil, e Ludemar, ao Belenenses. Mas saíram Fernando Aguiar, Márcio Santos, Silas, Leão, entre outros, além do técnico Manuel Cajuda. Ainda assim, o treinador Vítor Pontes poderá formar um “onze” só com jogadores que transitam da época passada, à excepção dos avançados. Ora veja-se:

Helton; Bilro, Gabriel, Paulo Duarte e Edson; Paulo Gomes, João Manuel, Maciel e Alhandra; Caíco e Ludemar

Projecção da Nova Temporada
Guimarães



O Vitória de Guimarães parece ter feito um esforço enorme para repetir a boa época que teve. Noutros tempos, seria difícil segurar jogadores como Nuno Assis ou Romeu. As saídas de Pedro Mendes, Ricardo Silva e Laelson poderão ser de certa forma compensadas com as contratações de Afonso Martins ao Moreirense e de João Tomás, que regressa a Portugal após uma passagem pelo Bétis (Espanha). A equipa de Inácio parece ter tudo para continuar a exibir o futebol bonito que mostrou na época passada e é favorita a repetir a presença na Taça UEFA. Nosso “onze”:

Palatsi; Bessa, Cléber, Marco e Rogério Matias; Hugo Cunha, Nuno Assis, Fangueiro e Afonso Martins; Romeu e João Tomás

Projecção da Nova Temporada
Sporting



O Sporting sim, teve um defeso “à Benfica” – muitas contratações, com alguns nomes sonantes pelo meio – mas parece que, no caso dos “leões”, as “mãos largas” justificam-se, já que Bölöni não deixou a equipa em grande estado, sobretudo na defesa. O “onze” que irá jogar mais vezes deverá, por isso, sofrer muitas mexidas, pelo que será de esperar alguma dificuldade nos primeiros jogos. Se a equipa não se deixar atrasar muito, poderá até ser candidata ao título, mas eu não apostaria na sorte de Fernando Santos. Nosso “onze”:

Ricardo; Mário Sérgio, Beto, Polga e Rui Jorge; Rochemback, Paulo Bento, Luís Filipe e Cristiano Ronaldo; João Pinto e Silva

Projecção da Nova Temporada
Benfica



O Benfica parece finalmente ter descoberto que fazer muitas e sonantes contratações não chega para ganhar jogos, e que manter a base de uma equipa de uma temporada para a outra é já melhorá-la. Ou terá sido só falta de dinheiro?... Bem, o que interessa é que, a menos que a equipa consiga contratar o tal lateral-esquerdo de que se fala, o “onze”-base deverá ter ZERO mexidas. Paradoxo (ou não), num ano em que o Benfica gastou pouco em contratações, parece ser a equipa mais capaz de fazer frente ao FC Porto. Nosso “onze”:

Moreira; Miguel, Hélder, Argel e Ricardo Rocha; Petit, Carlitos, Tiago e Simão; Zahovic e Nuno Gomes

Projecção da Nova Temporada
FC Porto



A equipa do FC Porto promete entrar a toda a força na nova temporada. O particular do fim-de-semana passado com o PSG mostrou uma equipa coesa, atacante, nem parecia estar na pré-época. O “onze”-base deverá ser composto por jogadores que transitam da época anterior, à excepção de McCarthy, que veio render Postiga, mas no caso do sul-africano nem se pode falar em “período de adaptação”, uma vez que se trata de um regresso. Com a (pouco provável, digo eu) contratação de Sérgio Conceição ainda em aberto, o FC Porto tem já equipa para revalidar o título – se com a mesma facilidade do ano anterior, irá depender dos adversários – e ir longe na Liga dos Campeões. Aposto neste “onze” (em itálico, as entradas):

Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Costinha, Maniche, Marco Ferreira e Deco; Derlei e McCarthy

(Nota: Em breve, previsões das outras equipas)

Bendita crise!



Aqui há uns anos, o Deco, depois de uma época como a última, estaria “condenado” a deixar o futebol português. O mesmo vale para o Tiago, do Benfica. Por alguma razão, os clubes das grandes ligas europeias não estão tão dispostos como antigamente a gastar fortunas num jogador. A crise que afecta vários sectores da economia parece ter tido o efeito colateral de pôr um travão na escalada absurda do preço dos jogadores, que começam a ficar mais baratos (passe a blasfémia de utilizar a palavra “barato” para preços que atingem milhões de euros). Infelizmente, Quaresma e Postiga não evitaram dar o salto, a meu ver prematuro, e arriscam-se a passar uma temporada como a que teve Hugo Viana no Newcastle. Mas não deixa de ser sintomático – além de preocupante – o facto de os grandes clubes europeus estarem a comprar potenciais estrelas enquanto ainda estão muito baratas. Seja como for, o que quer que tenha mantido – a confirmar-se – Deco e Tiago na Liga portuguesa, veio contribuir para valorizar esta competição. Esperemos que seja um sinal de reversão na tendência monopolizadora que se verificava no futebol europeu de há um par de anos.

João Cerejeira



O ciclista estónio Jaan Kirsipuu, da AG2R, ocupa o 30º lugar (caiu do sétimo) na classificação geral da Volta à França, após a 4ª tirada. Este ano, ainda terá várias oportunidades para conseguir uma vitória de etapa, feito alcançado em 2001 e 2002. Nesta edição, foi terceiro na segunda tirada (Ferté-sous-Jouarre/Sedan). Kirsipuu já anda na alta roda do ciclismo internacional há vários anos, mas pouca gente sabe o que quer dizer o seu nome. Ora bem, em finlandês (língua da qual o estónio é dialecto), “kirsikka” quer dizer cereja e “puu”, árvore. Cerejeira, porém, é “kirsikkapuu”, na língua de Sibelius. Uma pesquisa na Net permitiu-me, no entanto, confirmar que, em estónio, cereja é simplesmente “kirsi”, pelo que, Jaan Kirsipuu, se fosse português, chamar-se-ia João Cerejeira. Força, Joãozinho!

"Os Donos da Bloga" com novo grafismo.

Só para anunciar que o blog , companheiro de blogosfera do nosso Forças de Blogueio, sofreu uma remodelação gráfica, que vale a pena apreciar.

Queiroz não vai longe



Até gosto do Carlos Queiroz. Sempre me pareceu ser um homem calmo e um treinador com alguma coisa a ensinar à “geração bigode” de técnicos portugueses. O episódio da “porcaria da Federação” só lhe ficou mal porque dito na altura errada – soou a desculpa pelo falhanço. Uma pequena mancha no melhor pano. A verdade é que não lhe auguro nada de bom no Real Madrid. É certo que tem ao seu dispor alguns dos melhores jogadores do mundo, mas cada vez mais esse “melhores” significa “mais famosos”. Vamos ver o que os “merengues” vão conseguir em termos de contratações neste defeso, mas até agora, foram buscar um caríssimo Beckham que não parece vir trazer nada de novo à equipa. Para o centro da defesa, volta a falar-se de Beto, um jogador que neste momento não tem lugar nem no banco da selecção portuguesa. De resto, Queiroz terá à sua disposição um Figo um ano mais lento (já não é nem deverá voltar a ser o mesmo), um Zidane que continua mágico mas que de ano para ano vai perdendo gás e protagonismo, um Ronaldo gordo e um sobrevalorizado Beckham que não poderá ficar no banco, já que foi a principal contratação. Mas não acredito que alguém consiga explicar aos adeptos se a equipa jogar menos do que o melhor futebol do mundo. A exigência para os lados do Santiago Bernabéu é exagerada. Não duvido que o Carlos Queiroz consiga fazer um bom trabalho (embora não ache que o José Peseiro vá ajudar muito como adjunto), mas o Del Bosque também fez – até foi campeão! – e correram com ele mesmo assim...